Turismo

O turismo é uma das indústrias mais importantes a nível mundial e que sofreu com a pandemia COVID-19. É considerado um motor para o desenvolvimento económico e sustentabilidade, conseguindo potenciar áreas menos desenvolvidas (Dinis et al., 2011), sendo assim um instrumento essencial para o desenvolvimento regional (Antunes et al., 2015; Yilmaz & Gunay, 2012), permitindo gerar riqueza e potenciar a criação de emprego, criar sinergias com outros setores de atividade, tendo um forte efeito multiplicador (Cruz & Pinto, 2008; Ribeiro & Marques, 2002). Os fatores que são responsáveis pelo desenvolvimento do turismo devem ter por base a sustentabilidade dos territórios e são de origem económica, ambiental, social e cultural (Hakeem & Khan, 2018; Rua & Albuquerque, 2009).

É dada importância ao uso de estilos arquitetónicos tradicionais, materiais e sistemas de construção com eficiência energética que podem ajudar no desenvolvimento – sustentável – do território, promovendo assim a identidade local (Hassan, 2000). Exemplo da “[…] utilização das casas gandaresas com fins turísticos de alojamento e transmissão de cultura e tradições, podem dar um contributo para este objetivo e para o sucesso da economia local” (Ramos et al., 2015, p. 96). Contudo, é fundamental que o “[…] turismo dentro de um nível de exigência que procure preservar a originalidade das construções antigas” (Tavares & Costa, 2019, p. 98).

Uma correta valorização do património por parte de entidades competentes é crucial para o sucesso de destinos turísticos, proporcionando a existência de um “turismo de qualidade”, no qual dá ênfase à recuperação de tradições históricas aliadas à superestrutura que compõem o território (Freire et al., 1994). É muito importante a existência de políticas e estratégias que fomentem o turismo sustentável, bem como a preservação e uso racional dos recursos dos destinos, de preferência que consigam envolver as comunidades locais (Estima et al., 2015).

As tradições, bem como a valorização patrimonial e cultural (exemplo da casa gandaresa), podem ser dinamizadores e potencializadores dos territórios, especialmente de baixa densidade e rurais, existindo assim a criação de emprego, dinamização económica local, inclusão da comunidade e o impulsionamento da igualdade de oportunidades no emprego (Ramos et al., 2015).